Wednesday, September 28, 2011
Tuesday, September 27, 2011
Monday, September 26, 2011
Wednesday, September 21, 2011
O SER em detrimento do TER
Caros Amigos / Caríssimas Amigas,
Na edição de hoje do jornal PÚBLICO é anunciado o aprofundamento do buraco financeiro da Região Autónoma da Madeira. Agora são mais 220 milhões de euros detectados pelo Tribunal de Contas na engrenagem da Empresa de Electricidade.
Sinceramente não ficarei surpreendido se nos próximos dias surgirem mais buracos nos fragilizados alicerces das ditas sociedades de desenvolvimento, na empresa que construiu os parques industriais e onde pastam cabras enquanto não há empresas, na Horários do Funchal, na Administração dos Portos, na Valorambiente ou no IDRAM.
Não sou adivinho, mas há muitos anos venho manifestando a minha indignação contra a ditadura do betão e delapidação dos ecossistemas terrestres. Nos oito anos em que fui vereador do ambiente no município do Funchal, lutei com todas as minhas forças para que se respeitasse a natureza do mar à serra. Mais recentemente, entre 2007 e 2009, no programa CIDADANIA, emitido pela RDP-Madeira, por variadíssimas vezes critiquei o impacto negativo, económico e ambiental, de obras desnecessárias e prognostiquei um final triste para uma estratégia de crescimento imposta por uma mente alucinada.
Numa sociedade anestesiada por fortíssimas doses de MADEIRA NOVA, quem ousou pensar em voz alta foi exilado na MADEIRA VELHA ou estigmatizado de fundamentalista.
Caros Madeirenses, bastou aparecer a TROIKA a exigir maior rigor na análise dos dinheiros gastos pelo governo regional e em poucas semanas os incautos ficaram a saber que a MADEIRA ALBERTINA se encontra em adiantado estado de decomposição.
Resta-nos a MADEIRA TELÚRICA com a Laurissilva serpenteada por levadas em recantos de raríssima beleza.
Os cidadãos conscientes da gravidade da crise económica e social que aí vem, não podem ficar mais tempo em silêncio.
A sociedade madeirense acostumada à acção protectora dum padrinho providencial terá de despertar.
Urge iniciar a edificação dum novo paradigma que valorize o SER em detrimento do TER, consentâneo com a escala do território arquipelágico, assente na conservação dos ecossistemas marinhos e terrestres.
Mas que ninguém tenha ilusões. A implementação do novo paradigma será um processo moroso e doloroso. Um eucaliptal não se transforma em Laurissilva!
Para começar, os cidadãos envergonhados e indignados com a terrível imagem da Madeira desonesta, terão de fazer algo para recuperar a MADEIRA, PÉROLA DO ATLÂNTICO.
Termino esta curta reflexão com uma pergunta: estão dispostos a participar numa MANIFESTAÇÃO DE INDIGNAÇÃO, no próximo Domingo, 25 de Setembro, pelas 18 horas, no aterro junto ao cais do Funchal?
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
Na edição de hoje do jornal PÚBLICO é anunciado o aprofundamento do buraco financeiro da Região Autónoma da Madeira. Agora são mais 220 milhões de euros detectados pelo Tribunal de Contas na engrenagem da Empresa de Electricidade.
Sinceramente não ficarei surpreendido se nos próximos dias surgirem mais buracos nos fragilizados alicerces das ditas sociedades de desenvolvimento, na empresa que construiu os parques industriais e onde pastam cabras enquanto não há empresas, na Horários do Funchal, na Administração dos Portos, na Valorambiente ou no IDRAM.
Não sou adivinho, mas há muitos anos venho manifestando a minha indignação contra a ditadura do betão e delapidação dos ecossistemas terrestres. Nos oito anos em que fui vereador do ambiente no município do Funchal, lutei com todas as minhas forças para que se respeitasse a natureza do mar à serra. Mais recentemente, entre 2007 e 2009, no programa CIDADANIA, emitido pela RDP-Madeira, por variadíssimas vezes critiquei o impacto negativo, económico e ambiental, de obras desnecessárias e prognostiquei um final triste para uma estratégia de crescimento imposta por uma mente alucinada.
Numa sociedade anestesiada por fortíssimas doses de MADEIRA NOVA, quem ousou pensar em voz alta foi exilado na MADEIRA VELHA ou estigmatizado de fundamentalista.
Caros Madeirenses, bastou aparecer a TROIKA a exigir maior rigor na análise dos dinheiros gastos pelo governo regional e em poucas semanas os incautos ficaram a saber que a MADEIRA ALBERTINA se encontra em adiantado estado de decomposição.
Resta-nos a MADEIRA TELÚRICA com a Laurissilva serpenteada por levadas em recantos de raríssima beleza.
Os cidadãos conscientes da gravidade da crise económica e social que aí vem, não podem ficar mais tempo em silêncio.
A sociedade madeirense acostumada à acção protectora dum padrinho providencial terá de despertar.
Urge iniciar a edificação dum novo paradigma que valorize o SER em detrimento do TER, consentâneo com a escala do território arquipelágico, assente na conservação dos ecossistemas marinhos e terrestres.
Mas que ninguém tenha ilusões. A implementação do novo paradigma será um processo moroso e doloroso. Um eucaliptal não se transforma em Laurissilva!
Para começar, os cidadãos envergonhados e indignados com a terrível imagem da Madeira desonesta, terão de fazer algo para recuperar a MADEIRA, PÉROLA DO ATLÂNTICO.
Termino esta curta reflexão com uma pergunta: estão dispostos a participar numa MANIFESTAÇÃO DE INDIGNAÇÃO, no próximo Domingo, 25 de Setembro, pelas 18 horas, no aterro junto ao cais do Funchal?
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal