A uma mulher
Vinicius de Moraes-A uma mulher
Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade
Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade
2 Comments:
At 1:52 am, September 19, 2005, Fernando Guzmán said…
hola
si no lo leíste, te recomiendo que leas "Aprendiendo" de J.L.Borges, tal vez te guste
si te interesa lo acabo de poner en mi blog
saludos, y te cuento que me gusta mucho tu blog, tanto que me tomé la libertad de poner tu link
At 12:37 pm, September 19, 2005, Anonymous said…
A sensualidade de se ter alguém sem necessitar de lhe possuir o corpo, é muito mais sublime que ter um corpo vazio de sentidos.
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