Ternura
Vinicius de Moraes-Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.
5 Comments:
At 2:03 pm, August 23, 2005, ángel said…
bellísimo, como todo lo de Vinicius....
At 2:42 pm, August 23, 2005, Alexandre de Sousa said…
Vinicius foi e será sempre meu companheiro amigo
At 6:05 pm, August 23, 2005, Unknown said…
Vinicius é sempre Vinícius e nao há como deixar de admirar, nao é assim?
Muitos beijos e sorrisos, amiga!
At 6:56 pm, August 23, 2005, Anonymous said…
olá
Bela escolha!
Vinicius é maravilhoso.
um beijinho
At 11:15 am, August 24, 2005, mdm said…
É tão lindo este poema.
Como todos os que escreveu, como todos os que cantou!
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